A réplica do pau -de-arara, na avenida Get. Vargas. Uma imagem, várias significâncias... para quem por aqui passou! (PASSOU, nada!!!)
Velho vermelho de guerra
Valente velho de guerra
És o sumo das essências
Lembrando reminiscências
daqueles tempos passados
o vermelho colorado não se abate vai sisudo
resgatando quase tudo
dos anos vivenciados!
Mais de cinquenta nas costas
de luta trabalho e carga
nas descidas e lombadas
não refuga gasolina
só entrando prá oficina
com as seis rodas arriadas...
dizendo não sinto nada
olhando prá outra esquina
Nunca refugou trabalho
no barro, pedra ou passeio
Se considerava alheio
prá qualquer dificuldade
Não dava bola pra idade
sendo moderno ou antigo
Não conhecia o perigo
mesmo na melhor idade
Hoje um tanto enfraquecido
já não tem o mesmo pique
Mas se postando prá um clique
Volta a ser aquela fera
e o velho vermelho de guerra
Num preparo derradeiro
desfilou de mandioqueiro
Se mostrando prá galera
Na carreata do dezoito
humilde se preparou
Nos olhares negaciou
em frente ao prédio central
E de um sopro genial
abraços,risos
divino
mostrando o seu destino
pros mandioqueiros, que tal?
Se embrenhando na avenida
Numa gloriosa profusão
Mesmo sem ter coração
chorou de contetamento
quando viu por um momento
um perfilar caborteiro
vindo diante do entreveiro
A nossa bandeira ao vento!
Roncos, buzinas e apitos
Numa harmonia ruidosa
E a turma toda vaidosa
Sem se fazer de rogado
No lombo do colorado
Como se faz numa prece
Desfilando te agradece
Velho de guerra adorado!
\ E na frente abrindo cancha
O carro da prefeitura
E com andor de bravura
Tu seguias acelerado
E o Riva apavorado
com o pé direito na trava
sentindo que ele andava
puxando prá todo lado
Ao Passar na prefeitura
Sentiu-se valorizado
Quanto mandioqueiro alçado
vindo de outras paragens
Tu levavas nas viagens
Seu passar sem perceber
hoje eu quero receber
As minhas quilometragens
No retorno prá escola
Tu que foi feito de aço
Não deu sinal de cansaço
Nem aqueceu o motor
se empenhaste com amor
neste ato de parceiro
ajudaste os mandioqueiro
a mostrar o seu valor
Muitos em ti subiram
Pra tirar fotografia
velho, moças e gurias
num festival de figuras
E tu com a mesma candura
a todos ia acolhendo
E parece que entendendo
Saudades amanhã na lonjura
Tu simbolizas um tempo
que parece que passou
Mas eu noto que ficou
Nas conversas com meus pares
Claro, hoje outros ares
Prá melhor , graças a Deus
Mas aquele jeitão só teu
és relíquia nos altares
Prá ti, IRINÉ...
Na frente todo garboso
De HARLEY ia o IRINÉ
Cuidando na ponta do pé
prá tudo sair bonito
Consigo um sonho bendito
De conduzir a Bandeira
Com sua noiva Faceira
Dos INOCENTES escrito
Dos INOCENTES que eu falo
Era daquele CHATÔ
Que muitas vidas marcou
Inclusive também a minha
Dos larápios de galinha
No aviário Da Escola
Transportando em sacola
e em sacos de farinha
Aquelas penosas vivas
Que conseguiam escapar
No fôrro iam pousar
Para noites de incertezas
de abater as belezas
Porque a fome campeava
Quando a panela virava
Antes de chegar na mesa
Foi um Solar Projetado
pra rapazes de família
pra chegar tinha um trilha
Com cerca e brejo em frente
de sabido a inteligente
Numa semana ficava
ou da escola largava
Oh! CHATÔ dos inocentes....
E prá guentar o tirão
Não era qualquer parceiro
tinha que ser mandioqueiro
da cepa em forma de estronca
Na primeira quinzena branca
De dez ficava só dois...
E o pior vinha depois
"guentar" o vudum do Bronca!
Contam que até hoje
O local é assombrado
Criaram uma igreja ao lado
Para atender os clientes
Mas quando é derrepente
Um galo preto aparece
Bate as asas e enaltece
"O feito" dos Inocentes
Até na granja da escola
Algo se suscedeu
De noite desapareceu
as galinhas do Anibaldo
O Paulão o encarregado
de pegar no galinheiro
e o Ferigollo "Vermelho"
De levar para o povoado
As seis horas da manhã
As baita tavam carneadas
E a turma desesperada
Para se avançar nas uvas
Quando o Bier já nas buvas
procurando entrou no time
E a tal prova do crime
tava atrás dum guarda chuva
Sobre o amigo aqui da foto
do seu tempo de Estudante
É como um rio na vazante
atacando em todo lado
De brincalhão enfezado
Tem títulos, glórias e diploma
Mas de tudo o que mais soma
É o seu perfil Educado!
Que bons tempos de Escola
Que marcaram nossas vidas
Hoje todos em outras lidas
Tem que suar para vencer
Mas nunca vamos esquecer
Daqueles tempos faceiros
Que não se tinha dinheiro
Mas era divertido viver!
Parabéns Professor Isac, presente na carreata e nos momentos (únicos), do reencontro. Ser professor é isso, também...
Em frente ao prédio central e, sob a bandeira do Cejai desfraldada, um momento para ficar eternizado, nas lentes das máquinas e na "retina de nossa memória"...
A seiva do chimarrão do nosso campanheiro Heitor e o chapéu do Riva, dá sentido e abriga a essência de um sentimento que guardamos em nosso peito!
Uma roda, segura por seis parafusos de aço, guiada por outra roda (direção), que só funciona pelas engrenagens de outras....tantas rodas.. assim é a vida...
Na sombra de uma paineira
Pairou para descansar
O velho pau-de-arara vermelho
Que jamais pensa parar...
Já desbotado pelo tempo
Com o teto descascado...
não se entrega pras distâncias
Não sente o peso, calado
Edegar Nunes Cavalheiro
O gansinho da turma
O artista
O fotógrafo revelador
Sempre com uma bandeira
Até do José de Alencar...
Irmão
figurarão
coração
pro-siga...
artista
os velhos
os índios
as crianças...
Só eles o são...
As letras e os números ladeando o colega tem expressividade...
Os girassóis, a gavela de trigo e a mandioqueira ... como que empurrados pela força de muitos anos...
Fotos Cedidas pelo Fotógrafo Edegar Cavalheiro (fotógrafo oficial do evento).